Última atualização do site da Driveshaft

Alguns dizem que foi feito pela produção da série, outros que não passa de um trabalho de fã, mas não importa, independente de qualquer coisa não dá para negar que o site não oficial da Driveshaft represente agora um pequeno memorial para todos que de alguma forma guardarão com carinho em suas lembranças, o personagem Charlie Pace.

Graças à dica do leitor Lucas Lucchesi descobrimos que no último dia 02 de junho ocorreu a última atualização do site, com o que seria uma entrevista com Liam Pace, irmão de Charlie. A título de curiosidade, traduzi a tal entrevista que não deixa de ser interessante, mesmo que não tenha ligação oficial com a produção da série. Confiram.

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Todas as flores com o tempo se curvam ao sol
Por Beth Shark para a Manchester Metro Magazine

A última vez que Liam Pace viu seu irmão Charlie foi também a última vez que quase todos o viram vivo.

“Prefiro lembrar da primeira vez, sabe?” disse Pace. “O rosto dele estava todo vermelho e tinha uma expressão engraçada quando mamãe me deixou vê-lo, e eu não tinha certeza se tinha gostado muito dele. Mas ele era meu irmãozinho, portanto…”

Depois de três anos, o ex líder da Driveshaft está tentando colocar a memória de seu irmão e de seus companheiros de banda para descansar. Conversando conosco de sua casa no subúrbio de Sydney que ele divide com a esposa Karen e a filha Megan, Liam Pace revela uma fisionomia limpa, sem cicatrizes ou marcas que lembrem os tumultuados e rápidos momentos de ascenção à fama e imediata queda de sua banda. Apesar dessa imagem renovada, ele tem uma postura diferente e mal faz contato visual, observando constantemente o rastro de fumaça que se desfaz a cada cigarro que ele acende. Mas sua voz se enche de orgulho e mesmo reverência quando ele lembra de Charlie. “Perdi muitos dos deuses do rock no meu tempo. Lennon, Cobain, Buckley, Ramone. Mas cara, ele era o maior”.

Megan de cinco anos corre em direção a Pace durante a entrevista carregando na costas uma guitarra de brinquedo feita com um plástico rosa fluorescente. Ao colocá-la em seu colo, ele nos diz sorrindo que está ensinando-a a tocar.

Quando perguntado que música está ensinando – Beatles, Zeppelin, talvez até mesmo o único sucesso da Driveshaft, “You all (Everybody)” – ele hesita por um longo tempo antes de responder. “Há uma música que Charlie escreveu no passado. É feita para piano, mas eu nunca fui bom nesse tipo de coisa. Essa sempre foi a área de Charlie”. Ele sorri e dá uma longa tragada em seu cigarro antes de continuar. “De qualquer forma, eu tive um sonho não muito tempo atrás em que ele estava de volta, em visita, como se nada tivesse acontecido. E ele cantou essa música para Megan no meu sonho. Portanto, acho que ele iria gostar que eu passasse a música adiante. É um tipo de compensação”.

E será que ele gostaria de ver sua filha seguindo seu passos?

“Não, absolutamente não! (risos). Só se fosse apenas pela música. Eu lembro da primeira vez que ouvimos nossa música na rádio. Estávamos em turnê, chovia muito e brigávamos por estar presos por causa de um pneu furado, mas esse acabou sendo o melhor dia da minah vida. Bem, na verdade o segundo melhor, devo dizer”.

Pace posiciona os dedos na guitarra rosa de brinquedo de maneira refleciva por alguns momentos. Nela há um adesivo de um girassol caído como se tivera sido desbotado pelo sol. Próximo há uma marca prateada com as iniciais DS. Há poucas dúvidas sobre o que ela representa.

“Foram momentos marcantes. É claro que nem sempre foram bons, mas olhando para trás? Sem dúvida sensacionais. Foi a aventura da minha vida. E acho que Charlie diria o mesmo”.

***

Ele estava claramente no modo reflexive, e nos deixou pensando sobre o futuro da banda. Então Liam nos enviou um e-mail nos pedindo que extendesse esse convite aos fãs do passado e do presente da Driveshaft:

No dia 22 de setembro, completaremos 3 anos desde o dia em que charlie voou em direção ao grande… algo… no céu. Então decidimos nos renunirmos em Manchester para prestar uma homenagem finalmente, nada exagerado, apenas um pouco de cerveja, aperitivos e música alta para levantar os mortos e conversar. Marcamos no Night & Day, onde a banda fez a primeira apresentação. Estarei lá e Sinjin e Patrick planejam o mesmo, portanto poderemos tocar uma ou duas músicas se a inspiração atacar, mas não se empolguem demais crianças. A primeira pessoa que pedir “Champagne supernova” vai ser convidado a se retirar.

De qualquer forma, apareça se puder. É de graça… mas se não puder comparecer, escute as músicas, acenda uma vela e pense em Charlie.

Obrigado por tudo.

Liam

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6 COMENTÁRIOS

  1. Charlie deixou a série, mas marcou a todos de uma forma especial!

    No começo, eu não gostava muito do personagem, mas a evolução da história dele nessa terceira temporada me fez admirá-lo muito…

    Chorei vendo Greatest Hits, e chorei de novo vendo o momento derradeiro de nosso roqueiro…

    Seria legal se os fãns de lost na Inglaterra fizessem essa homenagem, no dia 22/09…

  2. Poxa muito emocionante!!! Eu sempre achei o Charlie um dos personagens mais reais (reais que digo são pessoas que contam historias simples e verdadeiras na serie)… Sei lá, a feição que cria pela Claire e Aaron.

    Vou sentir falta dele… que pena.

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