Santoro deixa a fama no Brasil para encontrar Lost

Por William Keck para o USA TODAY
Traduzido e adaptado por Davi Garcia

HONOLULU —

Faz apenas três dias que Rodrigo Santoro, estrela do cinema brasileiro, chegou ao Havaí vindo do Rio de Janeiro para começar a trabalhar interpretando um novo personagem, o sobrevivente Paulo, na série Lost. No primeiro dia, ele visitou o escritório de produção da série para ver o figurino e conhecer Kiele Sanchez, a atriz escalada para interpretar Nikki, que formará com ele um par romântico . Ele a descreve como uma pessoa ‘doce’, mas acrescenta que “a personagem dela irá surpreender muita gente”.

O que é mais surpreendente sobre a adição desses dois ao elenco é o quão pouco apareceram na tela.

Santoro e Sanchez fizeram sua estréia 2 semanas atrás como sobreviventes nunca vistos. E hoje à noite eles têm mais a fazer aventurando-se em uma perigosa trilha pela floresta que vai culminar na morte de alguém.

Seu papel limitado tem se mostrado um desafio para alguém cuja fama no Brasil rivaliza com a de Tom Cruise e Russel Crowe.

Santoro nasceu na cidade serrana de Petrópolis, que fica a cerca de 1 hora do Rio, e é filho do engenheiro italiano Francesco e da artista brasileira Maria José.

Ele se mudou para o Rio para estudar jornalismo antes de se envolver na cena teatral da cidade. [Posteriormente] Papéis na televisão o levaram a estrelar filmes como “Abril Despedaçado” e “Carandiru”, onde fez um transexual chamado Lady Di. O ator ganhou ainda o prêmio brasileiro equivalente ao Oscar por sua interpretação como o paciente de um instituto mental no filme “Bicho de Sete Cabeças”.

Tal fama fez do ator magro de 1,80 e cabelo abundante um alvo dos paparazzi brasileiros. Ele ri relembrando de uma reportagem que dizia que ele teria faturado US$1 milhão por sua rápida aparição no filme “As Panteras 2” como capanga da personagem de Demi Moore.

“Ganhei pouco dinheiro”, ele diz em inglês, uma língua que ele aprendeu apenas 3 anos atrás. “Mas isso não foi tão engraçado porque eu não queria que as pessoas no Rio pensassem que eu estava rico, porque isso pode ser perigoso”.

O público também pode reconhecê-lo como o interesse romântico de Nicole Kidman no comercial do perfume Chanel No. 5 dirigido por Baz Luhrmann, ou como o objeto de desejo da personagem de Laura Linney no filme “Simplesmente Amor”.

No próximo ano, ele vai estrelar como adversário de Gerald Butler na adaptação de “Os 300 de Esparta”.

Almoçando ao lado da praia no Hotel Kahala, Santoro de 31 anos, percebe uma mulher circulando em sua volta. Finalmente ela se aproxima, é uma turista brasileira na esperança de conseguir um autógrafo com seu ídolo.

“Tão bonito e bom ator”, ela fala. Minutos depois, outra mulher sul-americana diz, “Minha amiga vai morrer quando eu disser a ela que eu te vi”.

Como esses fãs, os tablóides brasileiros são obcecados com sua vida romântica. “Eles querem saber quem eu namoro. Se estou namorando, eles querem descobrir se estou traindo. Se você não namora alguém, eles querem descobrir quem você está tentando namorar”, diz o ator, que chegou à lista dos mais bonitos da People em 2004.

Para registro, Santoro namora há três anos a designer e apresentadora de tv Ellen Jabour.

Ele está cansado de ser visto como um estereótipo de amante latino e expressou isso aos produtores de Lost.

Isso não significa que ele não goste de se livrar das roupas fora das câmeras. No Brasil, ele passa as manhãs na praia com uma de suas cinco pranchas e as tardes na areia.

Agora, Santoro tem tentado dominar as ondas da praia de Waikiki.

“A primeira coisa que eu reconheci quando desembarquei aqui foi o clima, e como essa ilha parece com a Bahia”, ele diz. “Parece que estou em casa”.

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