Direto da Escotilha

Pais e Filhos

Carlos Alexandre Monteiro*

“Há alguns anos minha mãe biológica me encontrou. Ela me disse que eu era especial. E através dela encontrei meu verdadeiro pai. Ótimas notícias, certo ? Bem, ele fingiu me amar apenas pelo tempo necessário para roubar meu rim (…). E depois me abandonou de novo no mundo como lixo, exatamente como ele fez no dia em que nasci. Quer seus malditos 30 dólares de volta? Eu quero o meu rim de volta!” (John Locke)

O diálogo acima é traduzido do original, ocorrido na cena de abertura de “Orientation”, terceiro episódio desta segunda temporada. Se você não a viu ou não se recorda ao certo, ela retrata um desabafo de Locke na sessão de um grupo de ajuda, contrariado com a superficialidade da reclamação de uma colega que queria reaver um dinheiro que a mãe havia pego dela. De certa forma, sim, ele estava certo em sua revolta; e provavelmente qualquer outro protagonista da série que porventura o substituísse no tal grupo sustentaria argumentos igualmente fortes para mostrar o que é de fato sofrer por assuntos sérios ligados aos pais.

Sim, eis aí mais uma semelhança entre os personagens principais de nossa querida série: todo mundo ali tem ou tinha problemas sérios em casa – e mesmo os personagens que ainda não tiveram sua intimidade familiar devassada parecem padecer do mesmo mal.

Então, a exemplo de minha coluna da semana passada – em que listei todos os mentirosos que habitam a ilha – faço mais uma vez um levantamento, desta vez do histórico familiar de cada protagonista de nossa série favorita. Preparados ? Lá vamos nós…

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*Carlos Alexandre Monteiro é músico, jornalista, tem dois rins, não fez o pai fugir, não teve filho raptado…
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